Psicologia aplicada a nutrição e a compulsão alimentar
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A psicologia tem um papel-chave na área da nutrição, daí vem a ideia da psicologia aplicada a nutrição; uma vez que o comportamento alimentar integra as atividades absolutamente necessárias ao ser humano.
A compreensão dos estados motivacionais e dos processos fisiológicos e metabólicos que levam à sensação de fome, saciedade e à necessidade da ingestão calórica, ajuda o profissional nutricionista a observar possíveis desordens de apetite no paciente.
A compulsão alimentar, também conhecida como Transtorno do Comer Compulsivo, é um transtorno alimentar caracterizado pela ingestão excessiva e sem controle de alimentos em curto espaço de tempo, o que pode levar à obesidade ou não.
Nem todos os pacientes compulsivos são obesos, mas podem ter descontrole do peso corporal.
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A compulsão alimentar nestes pacientes pode ocorrer após períodos de dieta restritiva, o que os diferencia de alguns pacientes que apresentam comportamentos compensatórios (vômitos, abuso de laxantes) para controle do peso após episódios de compulsão alimentar – são aqueles com bulimia nervosa. Ainda há os pacientes que evitam a ingestão alimentar para não ganhar peso (anorexia nervosa).
A avaliação psicológica da paciente feita pelo Nutricionista não será aprofundada como a de um profissional psicólogo ou psiquiatra, mas pode ser focada em três partes: avaliação clínica e laboratorial, avaliação do comportamento alimentar e investigação da história psiquiátrica prévia.
Agora aprenda como usar a psicologia aplicada a nutrição desde o processo de avaliação.Índice
Processos da avaliação da psicologia aplicada a nutrição
Avaliação clínica e laboratorial
Para avaliar se o paciente apresenta sobrepeso ou obesidade, e em qual grau, o Índice de Massa Corporal (IMC) é o mais utilizado.
Dependendo do grau de obesidade, esse índice ajuda a perceber complicações clínicas como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, etc., que serão definidas pelos exames laboratoriais e clínicos, ou mesmo se relacionar com a gravidade da compulsão alimentar.
Exames laboratoriais também podem identificar deficiências nutricionais, cujas consequências podem levar aos distúrbios psicológicos e alimentares.
Avaliação do comportamento alimentar
Como a pessoa se alimenta varia muito entre uma e outra. E aí entra a psicologia aplicada a nutrição!
Características como “beliscar” o dia todo, ter ataques compulsivos com diversos alimentos ou com um em específico, ou mesmo fazer jejum prolongado após episódios de compulsão, auxiliam a supor um diagnóstico de Transtorno do Comer Compulsivo.
Outros parâmetros, como idade do início dos episódios, momentos em que esses “ataques” são exacerbados ou reduzidos também devem ser considerados.
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Investigação da história psiquiátrica prévia
A principal parte é descartar a presença de transtornos alimentares, seja o Transtorno do Comer Compulsivo ou anorexia e bulimia nervosa, por exemplo.
Na psicologia aplicada a nutrição, vemos que diferenciá-los entre si é importante para adequar o cardápio do paciente, até mesmo para encaminhá-los a uma ajuda especializada, fator que é fundamental.
Episódios de compulsão alimentar podem figurar com outras condições médicas, como depressão, ansiedade, diabete e deficiências nutricionais. Assim, não somente a avaliação clínica é importante, mas também associá-la às outras investigações.
Como fazer a psicologia aplicada a nutrição
A maioria dos pacientes que chega ao consultório do nutricionista, o faz para aprender a se alimentar e, consequentemente, melhorar a estética e a saúde. Entender as aflições e anseios daqueles que buscam auxílio profissional é fundamental.
Além de ser um fator fisiológico, o ato de comer relaciona-se com o social, o prazer e com a fuga para alívios emocionais – daí podem se desencadear ataques compulsivos de alimentos.
Como vimos antes sobre a psicologia aplicada a nutrição, essa condição pode ou não levar à obesidade, mas definitivamente causa o descontrole do peso corporal e de distúrbios metabólicos que em nada se relacionam à saúde.
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