A INDÚSTRIA DO AGROTÓXICO CHEGA A FATURAR  R$ 36 BILHÕES AO ANO

Estudos realizados pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, revelaram que em 2014, cada brasileiro consumiu  cerca de 7 litros de agrotóxicos, presentes em dois terços dos alimentos consumidos diariamente. Entre estes alimentos estão, alface, morangos, arroz, maça, abobrinha, pimentão, cenoura, entre outros.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Idec, apontou que o Brasil se configura mundialmente como recordista no consumo destes venenos.

Este processo iniciou em nosso país, segundo o Instituto Nacional do Câncer com a liberação do uso de sementes transgênicas. Essa combinação ente transgênicos e agrotóxicos está sendo ignorada pela Câmara dos Deputados, que decidiu recentemente facilitar as coisas para o agronegócio, acabando com a lei que obriga a rotulagem das sementes modificadas.

O consumo de agrotóxicos e suas consequências, podem ser notadas nos casos de intoxicação de pessoas, notificados pelo SUS. De acordo com relatório apresentado, mais de 34 mil indivíduos  foram afetados.

O Dossiê ABRASCO: Um Alerta Sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde, nova edição publicada no último dia 28 de abril reforça a verdade cientificamente comprovada – Os agrotóxicos fazem mal à saúde das pessoas e ao meio ambiente .

Há sete anos, mais de 10 ingredientes ativos de agrotóxicos usados no Brasil, muitos proibidos em outros países, foram selecionados para reavaliação por parte da Anvisa. Mas, até agora, apenas quatro foram banidos e, mesmo assim, com tempo de carência para que seus estoques fossem vendidos.

Indiferente a esta situação, a indústria dos agrotóxicos finaliza o balanço financeiro com valores incalculáveis – mais de R$ 36 bilhões.

Os brasileiros precisam se conscientizar sobre estes fatos e exigir o fim dos agrotóxicos e transgênicos em nossa mesa.  Temos direitos à informação, saúde, alimentação,  bem-estar e a implantação imediata de iniciativas de regulação e controle dos agrotóxicos.