O que é a dieta paleolítica?
Entre 2,5 milhões a 10.000 anos a.C, o homem vivia na era paleolítica ou idade da pedra. Moravam em cavernas e eram responsáveis por caçar e coletar seu próprio alimento – uma alimentação muito diferente dos dias atuais. E a dieta paleolítica vem desse contexto!
Apesar de que hoje os alimentos que predominam são os industrializados e a disponibilidade de comida é muito maior, bastando ir ao supermercado ou feira, pagar e levar o que quiser consumir. Agora, imagine alguém propagar que deveríamos voltar a nos alimentar como um homem das cavernas se quiséssemos emagrecer e manter a saúde?
Índice
Dieta paleolítica – a dieta das cavernas!
Foi o que propôs Mark Sisson, biólogo e ex-atleta norte-americano. Ele sugere que deveríamos nos alimentar assim como nossos antepassados e deu o nome a esse estilo de alimentação de Dieta Paleolítica, que já amealhou muitos adeptos e promete um estilo de vida mais saudável e mais natural.
A dieta Paleo, como também é conhecida, é baseada nos tipos de alimentos consumidos durante aquela era e incluía carnes magras, peixes, frutas, legumes, nozes e sementes. Segundo Sisson, o corpo humano ainda não se adaptou completamente para digerir os grãos e leguminosas desde o advento da agricultura na vida do homem, e por isso deveriam ser retirados da dieta, ou consumidos em pouquíssima quantidade.
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Maior consumo de carnes e fibras
Uma das partes mais atrativas é a ingestão de carnes à vontade, o que em parte é uma boa opção por ser uma fonte de proteínas de alto valor biológico, essencial para construir músculos, reparar tecidos danificados, produzir enzimas, anticorpos, hormônios e compor as células. Seu lado “negativo” é a quantidade de gordura saturada.
Nutricionistas explicam que, embora seja um tipo de gordura fundamental para a saúde, nada que seja em excesso é ideal para a saúde.
Aí entram as nozes, castanhas e peixes para trazer equilíbrio aos diferentes tipos de gordura (mono e poli-insaturadas e saturadas) e garantir a saúde cardiovascular. Ovos também podem ser consumidos por ser fonte de boas proteínas.
O consumo de grãos está excluído nessa dieta e isso significa retirar milho, trigo e arroz, por exemplo, bem como as massas.
Apesar de ser uma adaptação difícil, a vantagem é que os carboidratos da dieta tornam-se os presentes em legumes, raízes e frutas, que ainda contribuem com vitaminas, fibras e minerais em boas quantidades. Ponto para o corpo, que deixa de metabolizar carboidratos refinados e com alto índice glicêmico.
Jejum prolongado
Um dos pontos críticos da paleo diet é a indicação de jejum prolongado, podendo ser de 16 até 24 horas sem comer nada, apenas bebendo água.
No entanto, muitos especialistas discordam dessa prática, uma vez que o jejum por tempo longo pode causar hipoglicemia, queda na concentração, dores de cabeça, entre outros sintomas. Sem contar que a rotina atual é muito (mas muito!) diferente daqueles tempos.
Para quem é indicada a dieta paleolítica?
Qualquer mudança na alimentação deve ser consultada com um nutricionista ou um médico especializado. O que é bom para um pode não ser para o outro, por isso, evite alterações radicais na sua rotina e adeque a dieta paleolítica para a sua realidade e com equilíbrio.
Insira os pontos fortes – legumes, carnes magras, peixes, oleaginosas e frutas – e deixe os críticos como o excesso de carne vermelha para o profissional de sua confiança avaliar a necessidade.
Para o homem que vivia há milhões de anos atrás e caçava seu próprio alimento, consumir gorduras de todos os tipos era questão de sobrevivência, a fim de garantir o aporte energético para as atividades extenuantes.
Mas, é possível garantir esse benefício nos dias de hoje? Se você for alguém com estilo de vida ativo, se exercita todos os dias e ainda não tem preguiça de subir as escadas do prédio, consumir mais gorduras pode ser uma vantagem – mas pode não valer para todo o mundo.
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